Honey Honey

A Valinor começou uma disputa sobre os melhores desenhos da infância, e agora na primeira fase a idéia é selecionar o top of mind, digamos assim. Ou seja, os 10 desenhos que o pessoal considera nostálgico, seja lá qual for a razão. Aí enquanto fazia minha listinha, procurava por videos no YouTube para ilustrar e tudo o mais (até porque sou criatura metódica). E eis que encontro… A ABERTURA DE HONEY HONEY!! Ok, eu sei que a macharada provavelmente não lembrará desse desenho, mas gente, eu era apaixonada por isso. Aliás, o Fênix foi uma das minhas primeiras paixões platônicas, hehe. Para quem não sabe do que estou falando, tem um video do sbt bem bacana com o resumo sobre a série (tenho certeza que refrescará a memória de vocês).

Coraline

Eu até poderia escrever um post dizendo que estava decepcionada com o Gaiman ou algo que o valha, mas o fato é que livros para criança são livros para criança e assim devem ser lidos (e criticados). Muito embora a orelha da obra indique que é leitura para todas as idades, simplesmente não é (e aí quem está ‘enganando’ o leitor é a editora, não o autor, que sempre se refere à Coraline como um livro infantil). Então, desde já vamos aos fatos: é um ótimo livro infantil. Mas para quem já leu Anansi Boys e Lugar Nenhum, dá para saber que é a raspinha do que o Gaiman é capaz de escrever (e talvez por isso em um primeiro momento eu tenha me sentido decepcionada).

Um ponto bem interessante são as imagens criadas pelo Gaiman. Aqui é coisa de gente grande mesmo, até porque é Coraline é uma história de terror (na realidade, uma espécie de Alice no País das Maravilhas de terror). A descrição da “outra casa” e as personagens que a habitam são descritos com uma riqueza de detalhes que é admirável porque não faz da narrativa algo chato, mas colabora justamente para o tom de horror (vide o “outro pai” quando chega mais no final do livro).

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Chá de ayahuasca

Desde o início do mês, quando o Ministro Gilberto Gil encaminhou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) processo para transformar o uso do chá de ayahuasca em patrimônio da cultura brasileira, não sai da minha cabeça um trecho de Deus, um Delírio (do Richard Dawkins) que citei aqui no Hellfire em novembro do ano passado. Acredito que vale a pena ler de novo:

“No dia 21 de fevereiro de 2006, a Suprema Corte dos Estados Unidos determinou, de acordo com a Constituição, que uma igreja do Novo México deveria ser isentada de cumprir uma lei, a que todo mundo tem que obedecer, que proíbe o uso de drogas alucinógenas. Os integrantes do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal acreditam que só conseguem compreender Deus tomando chá de ayahuasca, que contém a droga alucinógena ilegal dimetiltriptamina. Perceba que basta que eles acreditem que a droga aumenta sua compreensão. Eles não têm de fornecer provas. Por outro lado, há muitas provas de que a maconha alivia a náusea e o desconforto dos doentes de câncer submetidos a quimioterapia. Mesmo assim, novamente de acordo com a Constituição, a Suprema Corte determinou em 2005, que todos os pacientes que usarem maconha com fins medicinais estarão sujeitos a indiciamento federal (até na minoria dos estados em que esse uso especializado foi legalizado).”

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The Dead Billies

Não sei se vocês conhecem a história da Cassandra da mitologia grega, que depois de regular para o Apolo teve que carregar uma maldição, no caso, de que ninguém acreditaria em suas profecias. Pois bem, eu não regulei para deus nenhum mas o fato é que também tenho cá minha maldição: eu tenho um baita bom gosto (há,há) mas nada do que eu gosto dura muito tempo. Vide o caso do Confetti Menta, Zambinos, Morphine e bem, levando em consideração o título desse post, The Dead Billies.

A história começa assim: era 1996, 1997 e eu gostava de assistir ao Gás Total da MTV e gravar clipes. Um dia passou um que achei muito legal, o Invasion of the Body Snatchers. Era zoadão e a música era muito legal, então tratei logo de gravá-lo (e obviamente assisti algumas váááárias vezes depois). Enfim, o clip me levou para as outras músicas dos caras e eu adorei. Então, cumprindo a maldição, a banda acabou.

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A Hora Negra

Depois de [REC] resolvi investir algum tempo no cinema de terror em espanhol – o problema é que não é bem o tipo de coisa que basta só decidir, né? Tem que procurar e tudo o mais. Mas eis que tive a sorte de encontrar mais um suposto filme de terror Made in Spain, chamado por aqui de A Hora Negra (e lá de “La Hora Fría“). É tão bom quanto [REC]? Não. Vale a pena ver? Sim.

O problema de A Hora Negra é que é o tipo de filme que quanto menos você sabe sobre ele, melhor. E é um tanto difícil convencer alguém a ver um filme sem saber o que virá pela frente. Mas acreditem, eu teria gostado muito mais da história se eu não tivesse lido uma sinopse antes. Até porque a sinopse falava de zumbis, e meu zumbidar apitou (e até por isso que quis assistir ao filme), mas ele não é exatamente um filme de zumbi.

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O Apanhador no Campo de Centeio

Dia desses eu comentei sobre como achava idiota assistir a certos filmes só porque diversas pessoas o consideram um “must”, mas o fato é que eu não consigo aplicar a regra aos livros. Não mesmo. Alguns deles são comentados por tantas pessoas diferentes, e com tanta freqüência que eu simplesmente não consigo deixar para lá e não ler.

Aí que eu estava encucada com “O Apanhador no Campo de Centeio” do J. D. Salinger, com indicadores que variam desde Renato Russo até amigos que fiz pela Internet. Então uma aluna minha emprestou o livro para mim (ela também emprestou O Caçador de Pipas, então deixo aqui meu abraço para a Nádia), e agora eu finalmente pude conferir. E antecipo desde já: é um dos mais bacanas que já li.

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Os homens preferem as loiras

Embora eu ache o título do filme uma bobagem tremenda (e talvez até conte uma piada de loira no fim para compensar), o fato é que fazia tempo que eu não me divertia tanto com uma comédia (mentira, me diverti um monte com Cantando na Chuva também, mas deixa para lá). Como sempre acontece quando ando meio de saco cheio com os lançamentos recentes, volto a procurar por algo que me agrade nos filmes antigos. O bom é que é MUITO difícil eu odiar ao ponto de sentir que perdi tempo, e na maioria das vezes o efeito é semelhante ao que “Os homens preferem as loiras” surtiu ontem.

Não, não é daquelas comédias cerebrais, como “jogos de palavras tão franceses”. É meio musical, meio comédia, daquele jeito que você assiste por pura diversão, mas nem por isso precisa necessariamente ter sua inteligencia subestimada. E tem a Marilyn, né? A cada filme que assisto com a Marilyn mais me convenço de que não existirá alguém como ela. Fazendo os mesmos tipos “loira-burra-linda-arrasa-quarteirão”, basicamente, mas ao mesmo tempo tão encantadora que faz até eu lembrar do termo de um moleque no filme: algo relacionado a um certo magnetismo selvagem. A Marilyn é foda.

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Filme de Asilo Arkham

Infelizmente, só mais um fan-film, mesmo assim é daqueles bons (tipo o Dead End que circulou bastante na internet há uns tempos). Eu não sei sobre vocês, mas na minha opinião a HQ Asilo Arkham (texto do Grant Morrison e arte do Dave McKean) é uma das melhores histórias do Batman de todos os tempos. Acredito que nenhuma dupla conseguiu com tamanha perfeição passar o tom de pesadelo que impera naquele hospício. E o fato é que esse filme, feito por Miguel Mesas é uma adaptação perfeita. Parece até que a arte do McKean saltou do papel para a tela, está muito legal mesmo. Vale a pena conferir (a parte ruim é que aí dá vontade de ver um filme todo baseado em Asilo Arkham).