Não, não é daquelas comédias cerebrais, como “jogos de palavras tão franceses”. É meio musical, meio comédia, daquele jeito que você assiste por pura diversão, mas nem por isso precisa necessariamente ter sua inteligencia subestimada. E tem a Marilyn, né? A cada filme que assisto com a Marilyn mais me convenço de que não existirá alguém como ela. Fazendo os mesmos tipos “loira-burra-linda-arrasa-quarteirão”, basicamente, mas ao mesmo tempo tão encantadora que faz até eu lembrar do termo de um moleque no filme: algo relacionado a um certo magnetismo selvagem. A Marilyn é foda.
Deixando essa parte tiete de lado, o fato é que Os homens preferem as loiras não é um clássico por acaso. Algumas canções que ficam na cabeça até depois do filme acabar (oi, “Diamonds are a girl’s best friend“?) e ótimos diálogos (o da cobra e a cabra é simplesmente impagável), o fato é que trata-se daqueles filmes em que você nem sente o tempo passar, e ainda deixam com aquele gosto de quero mais no fim.
E sim, deixo vocês com a piada de loira: a lorinha chega na rua e parece visivelmente atordoada. Anda de um lado para o outro até que decide voltar para o consultório do médico. Lá chegando pergunta ao doutor:
– Doutor, doutor! É Sagitário ou Capricórnio?!
– Câncer, minha filha. Você tem câncer.
(Às leitoras loiras: não me levam à mal. Pensem que é uma homenagem às personagens da Marilyn).