Quem mexeu no meu queijo?

Eu não era muito de acreditar nessas coisas de inconsciente coletivo (ou algo que o valha) mas o fato é há alguns meses que leio pessoas falando de mussarela. Toda vida escrevi assim, com dois ‘s’. Vou ao Angeloni e compro lá 200g de mussarela. Como pizza com mussarela. Etc. Aí esses sujeitos da mídia (provavelmente os que compraram briga com a expressão “risco de vida”) começam a escrever muçarela.

Gente, muçarela é muito feio. É tão grotesco quanto corassão. Ou ainda, páçaro. E aí os que usam essa grafia horrenda dizem que nenhum dicionário carrega esse sentido. Para o inferno o dicionário! Pelo menos nesse caso, visto que nenhum dos “dicionaristas” aparentemente vai ao mercado para ver como é que o negócio tem sido grafado.

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40 anos de 2001

Hoje 2001: Uma odisséia no espaço completa 40 anos.  Eu até poderia falar aqui sobre o filme, mas aproveitarei a oportunidade para comentar sobre a neurose de seguir as listas dos “must“. Até porque esse filme eu acabei me forçando a assistir só por causa da tal da neurose. Explico: desde a primeira vez que coloquei a fita (é, porque na época ainda nem era DVD) para ver o filme do Kubrick, eu vivi uma espécie de maldição que consistia basicamente em não passar da parte dos macacos (sim, o início) sem dormir.

E aí é que está: por que me forçar a ver um filme que obviamente não me agradava, ao ponto de criar o sistema dos 20 minutos (para o filme a cada 20 minutos para fazer qualquer outra coisa e então retornar para o sofá)? Ah, porque TODO MUNDO que eu minimamente respeitava e/ou admirava babavam ovo para o filme. E daí? Hoje em dia fico aqui pensando se fez realmente diferença para mim, no final das contas. Ok, entendo piadinhas que façam referência ao HAL 9000. E?

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O bandido que sabia latim

Na noite de sábado para domingo comecei a ler a biografia Paulo Leminski – O bandido que sabia latim (escrita por Toninho Vaz), mas foi ontem à noite que a leitura engrenou de um modo que eu simplesmente não conseguia deixar o livro de lado (o que rendeu bastante reclamação do Fábio sobre a luz, hehe). Eu sei que não basta uma personagem interessante sem talento para se contar a história, só que, não desmerecendo o trabalho do Vaz (que é excelente, diga-se de passagem), Leminski parece uma daquelas pessoas que renderam histórias que nem o mais inapto dos escritores conseguiria tirar o brilho.

O que eu acho engraçado é que quando comecei a ler me dei conta que na realidade nunca fui fã do Leminski, mas da obra dele. E isso é raro, visto que sempre que me apaixono por algum trabalho quero logo fuçar a vida do autor (vide Wilde, Voltaire e Poe, por exemplo). Sabia pouco dele, pelo menos comparado com o que há para se saber.

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Não por acaso

Já tem algum tempo que quero assistir a esse filme, e finalmente pude conferir ontem (enquanto o Fábio deixava o computador novo nos trinques para eu usar). Quando li sinopses e críticas sobre o filme, fiquei ao mesmo tempo curiosa e com medo de que na ânsia de fazer um filme naquela fórmula “pessoas com nada em comum que acabam se encontrando por causa de determinado evento” (repetida com exaustão desde que 21 Gramas fez um razoável sucesso), o diretor errasse a mão.

Mas não é o caso. Neste primeiro trabalho de Philippe Barcinski que tive a oportunidade de conferir, confesso que fiquei bastante surpresa com a forma como ele abre mão da vaidade de fazer um roteiro desonexo que se encontra no fim (como em todos os filmes que seguem a tal da fórmula) e fala singelamente de como não temos controle sobre nossas vidas.

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Coisas de Curitiba

É, eu sei que não é muito natural eu passar tanto tempo sem atualizar o Hellfire Club. O negócio é que meu computador faleceu no último dia 22, depois de seis anos de trabalho duro. E eu até posso usar o computador do Fábio (como estou fazendo agora), mas os mais nérdicos devem entender o que direi agora: é simplesmente um saco usar o computador dos outros. Então, resumindo o blá blá blá, Hellfire volta ao normal quando o meu computador novo chegar.

Por enquanto, fiquem com um conselho e um daqueles arquivos engraçadinhos para mandar por e-mail. O conselho: façam backups SEMPRE. Sobre o arquivo, é uma ilustração que mostra algumas peculiaridades aqui da terrinha. Para ler, clique aqui (não-curitibanos que andaram por essas bandas provavelmente também rirão).

A vida e a morte de Peter Sellers

Em outubro de 2005 eu assisti ao filme Muito Além do Jardim, que passou a fazer parte dos meus favoritos pela leveza com a qual contava a história do jardineiro Chance (interpretado maravilhosamente bem por Peter Sellers). O filme de certa forma serviu de empurrãozinho para eu alugar A vida e a morte de Peter Sellers, cinebiografia do ator, que não chega a ser um dos melhores filmes de todos os tempos mas vale a pena conferir – especialmente se você conhece os papéis interpretados por ele.

Está tudo lá: A pantera cor-de-rosa, Dr. Strangelove, Casino Royale… e claro, Muito Além do Jardim. O bacana é que ao concluírem a história mostrando o trabalho de Sellers como Chance, o roteiro relaciona personagem com autor a fim de justificar a vida que Sellers levou (o que não foi bolinho: aparentemente era perfeccionista ao extremo, o que rendeu bastante dificuldade).

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Kirk O’Bane

Quem adolesceu no início dos anos 90 como eu, não tinha disponível ainda as maravilhas da Internet. Se você curtia o som de um cara, você comprava o cd, pedia para seu amigo gravar o cd para você ou ficava hooooooooras esperando sua música favorita tocar na rádio para gravar. Também não tínhamos acesso às notícias e demais informações como temos hoje em dia. Não que isso fizesse a nossa adolescência pior, só era diferente.

Um dos casos que melhor ilustram isso é o do sujeito que dá nome ao post. “Kirk O’Bane, Anica? Você pirou? Quem é ele?“. Digamos que trata-se de uma piada internet para quem já leu Um Grande Garoto, do Nick Hornby. Para quem não leu: estou falando do Kurt Cobain.

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Meia Palavra em festa!

E não tem nem dois dias que comentei sobre o Ambrosia, e agora já chega mais um projeto no qual estou envolvida. Sobre o Meia Palavra eu acredito que não preciso falar, estou desde novembro morrendo de orgulho em ver a idéia dando certo (especialmente por causa do pessoal bacana que resolveu fazer daquele fórum uma sala de estar). O negócio é que algumas pessoas resolveram levar a coisa para um outro nível, e agora além do fórum nós temos também um blog-site-whatever. Isso mesmo, Meia Palavra nem completou um semestre e já está rendendo frutos.

Para acessar ao blog-site-whatever, basta clicar aqui. Ainda estamos dando os primeiros passos, e nosso texto inaugural foi escrito pela Carol, sobre O Iluminado. Se quiser participar também, você pode mandar sua colaboração para nós, o que mais queremos é que os leitores se sintam em casa tanto quanto o pessoal da Equipe. E vamos que vamos :eba:

Piece of Me, Piece of You

Não, não vou falar de Britney ou coisa do tipo. Na realidade, passarei uma dica para o pessoal que curte histórias com zumbis, o video Piece of Me, Piece of You criado por Three Legged Legs. É uma animação/musical feita com marionetes, divertidíssima. Se gostar do video, continue lendo a página porque tem todas as informações de como ele foi realizado. Vale a pena, o resultado é muito bacana mesmo! Para assistir ao video, basta clicar na imagem abaixo (você precisará ter o Quicktime instalado no seu computador).

Ambrosia

Alguns dias (acho que já meses, a vida anda tão corrida que perdi até a noção do tempo) atrás o Salvador entrou em contato comigo aqui pelo Hellfire e trocamos alguns e-mails sobre um projeto dele, o Ambrosia. A idéia é unir notícias e artigos sobre cultura em um só lugar, de Cinema até HQs. E eu colaborei pela primeira vez ontem à noite, com o artigo que vocês leram aqui no Hellfire sobre aquela relação entre o 1984 e o caso dos diários do Guimarães Rosa.

Eu nem preciso dizer “modéstia à parte” porque até agora a única coisa que fiz por lá foi colocar esse texto, mas favoritem (e visitem!) o Ambrosia, não só porque daqui para frente pretendo fazer colaborações inéditas (hehe), mas também porque realmente vale a pena: conteúdo bom e variado, visual clean e bonito e pessoas realmente dispostas a informar sobre esse mundo tão bacana da cultura pop. Encontro vocês lá 😉