After Dark HorrorFest

Para todo fã de filmes de terror que busca novidades há uma salvação, e uma delas atualmente é o tal do “After Dark HorrorFest” (também conhecido como “8 Films to Die For“). A idéia é basicamente a de lançar oito filmes independentes de terror em diversas salas lá nos Estados Unidos. O festival acontece sempre em novembro, com aquele festerê básico de gente fantasiada e até Miss HorrorFest.

Aí você diz: mas pô, Anica, é lá fora. Como é minha salvação se não posso ficar viajando para os Estêites toda hora? Bom, a salvação vem do fato que os filmes depois são lançados em DVD. E sabe como é, chegou no disquinho, não tem como escapar da mulinha (obs. nesse caso, sugiro que procurem no Dead Donkey, para quem ainda não conhece).

O melhor filme de terror que vi no ano passado (The Abandoned) esteve no HorrorFest de 2006 (assim como Wicked Little Things, que por mais so-so que seja, rendeu alguns bons sustos). E acho importante ressaltar: até por serem filmes “independentes”, acaba que eles fogem um pouco daquela linha chaaaaata de remake de filme japonês (sério, o que é esse “O Olho do Mal“? Achei que eles já tinham percebido que os japoneses fazem melhor e que o ideal seria não insistir…). O único problema é que até agora, os tais dos 8 filmes de 2007 não estão tãããão bons quanto os do ano anterior…

Por exemplo, ontem assistimos a um dos filmes do festival de 2007, o Tooth and Nail. Eu confesso que só quis assistir por causa do Michael Madsen (Mr. Blonde, alôu!), mas hummm, a escolha não foi exatamente muito boa. Aquela história: cenário pós-apocalíptico, pessoas muitcho lôcas, algumas viram canibais e o resto já viu. Vale por alguns momentos de tensão quando o grupo de canibais está atacando o grupo que se esconde em um hospital à noite, mas alguns outros momentos são tão idiotas que eu estou preferindo pensar que trata-se de um “terrir”. Enfim, vale assistir só para sair do “feijão com arroz” (e bem, porque a idéia não é ruim, só foi mal conduzida).

Outro que vimos no ano passado foi “The Deaths of Ian Stone“. Lembram da Lila, a inglesa doida do Dexter? Entoncis, eu não sei como foi que ela topou participar desse filme. Uma coisa meio Matrix de horror, digamos assim. Sujeito morre e começa outra vida no outro dia, mas alguns detalhes da vida nova se repetem, até que ele perceba que é a chave para salvar a humanidade e especialmente sua amada e blablabla. Esse é ruim mesmo, eu não indicaria por nada. A não ser que você tenha alguma tara na Lila.

“Mas Anica, você não disse que este festival era nossa salvação?” Calma, gurizada. Oito filmes, lembram? Ainda sobraram algumas opções que logo conferirei e comentarei aqui no Hellfire especialmente para vocês, entre elas: Borderland, Nightmare Man e Unearthed. Vamos ver se alguns desses rendem algo de bom.

Aproveitando o assunto, mais um filminho de terror desse final de semana, e este é até batutinha (eu tenho uma quedinha por histórias com fantasmas, sabe como é). Chama-se O Pântano, e conta a história de uma autora de livros infantis que descobre uma casa no interior que pode ter relação com os pesadelos que tem há tempos. Alguns bons sustos (inclusive o básico do olho da fechadura, hehe), e influência clara do horror oriental (mas pelo menos não é remake, certo?).

Enfim, sei que o post não parece exatamente otimista sobre o cinema de terror, mas acreditem, festivais como o HorrorFest estão aí para mostrar que o gênero permance vivão e que tem muita coisa para ser criada ainda, e nesse sentido, vale lembrar que toda criação é um panelão cheio de influências. Quanto maior a oportunidade de fazer algo diferente, sair do repeteco básico, maiores as chances de lá para frente algum sujeito apanhar os melhores ingredientes para fazer um daqueles filmes para entrar para a história. Para sorte de todos os fãs de terror como eu.

Edit: Adoro falar de filmes de terror no Hellfire porque os cartazes são sempre bem sombrios e combinam com o visual, hehe. Aliás, visu novo (ainda incompleto, sabe como é), decidi me render à liberdade de ter um template widget-ready (gentem, tão bom que eu não sei por que não fiz isso antes!).