Nós que adoramos hqs

Decidi doar minha coleção de hqs. A coisa foi mais ou menos assim: lá no trabalho tem um cara que está exatamente na fase mais legal do fã de quadrinhos. Aquela que você quer ler tudo, quer conhecer tudo, e não dá a mínima para quem é o autor, quem é o ilustrador, o que é Marvel, DC, Vertigo e afins. Fui tomada de nostalgia, e comecei a fazer com ele o que o Rafael fez comigo lá nos tempos de PUC: estou emprestando alguns títulos que acho bacana (e bem, como disse, agora vou doar minha coleção).

O engraçado é perceber como as coisas se embaralham e já nem lembrava mais direito quando é que tinha começado esse meu gosto pelos quadrinhos. Aí hoje cedo estava fazendo uma espécie de flashback, para chegar até o ponto em que gastar 60 reais em uma HQ não soava tão absurdo assim, e lembrei que meu passado é negro. Como sempre.

A verdade é: eu comecei a gostar de quadrinhos porque era apaixonada pelo Gambit do desenho animado dos X-Men. É. E levou algum tempo até que eu procurasse HQs de fato (na verdade, uns 5 anos), mas foi uma época apaixonante. Vivia na Gibiteca ou em sebos, gostava de desenhar personagens nas minhas apostilas de cursinho…

… é por isso que decidi doar as HQs para ele. Na verdade, não bem por isso. É que eu guardava pois tinha planejado dar as revistas para os meus filhos quando eles estivessem na idade e blablabla. Aí o Fábio perguntou “Para quê? Eles vão olhar e largar do lado e voltar para o computador, é outra geração”.

Blé. Então é melhor deixar com quem vai gostar, não é mesmo? E aproveitando o tema para comentar: ficaram sabendo que a Marvel está disponibilizando HQs antigas na internet? Não, não é de graça, sabe como é. Mas lá no site da Marvel já dá para conferir algumas amostras grátis, para quem não quer pagar. É bem legal de ler, até imitam o movimento de uma página virada, há há.

É, outros tempos. Quem sabe eu pague uma assinatura na Marvel para meus filhos, então.