Enfim, sobre a peça: muito bacana – mesmo. Gostei da união entre hq e teatro, a arte do DW pipocando ali e acolá a todo instante complementou bem a história, carregada de um humor negro divertido e nem um pouco forçado.
O único porém fica por conta da personagem Ana Argento, e aqui destaco o termo personagem, porque não conheço outros trabalhos da atriz para saber até que ponto a atuação dela tenha influenciado nisso. Mas é uma impressão passageira, restrita ao momento inicial quando a personagem conversa com o barman.
Mas o destaque mesmo fica por conta de Tom, o cataléptico: são dele os melhores momentos. A conversa com o psiquiatra enquanto tenta vender seguro de vida, a insistência na venda dos ditos cujos para o médico legista… ótimas passagens.
Uma canja (direto do site da Vigor Mortis):
Ana – E agora?
Tom – Como assim?
Ana – E agora como é que a gente sai daqui?
Tom – Eu nao sei, mas a gente sai.
Ana – Você vai pra casa?
Tom – Que dia é hoje?
Ana – Quarta… eu acho.
Tom – Eu deixei o videocassete programado na terca a noite pra gravar um filme. Eu sempre deixo o videocassete programado, por via da dúvidas.
Ana – Qual filme?
Tom – “Uma Noite Alucinante 3”.
Ana – É bom pra cacete.
Tom – Você já viu?
Ana – Já. … Faz tempo que eu quero ver de novo. Eu adoro o Bruce Campbell com aquela serra elétrica na mão. Ele é pra mim a essência de tudo aquilo que eu considero em um homem. Bacana, engraçado, violento … e um pouco idiota.