Este é mesmo um mundo de duplos, e para toda estrela há pelo menos uma sombra rondando. O fulaninho faz quadros geniais baseado nas idéias que um amigo tem, e este amigo é esforçado, mas não chega aos pés do outro: sombra. A fulana brilha na apresentação de um trabalho de escola, que na realidade foi a colega calada que escreveu: sombra. Elas estão sempre aí, e na maioria das vezes vivem uma luta entre o não exigir e o querer o reconhecimento.
Algumas sombras simplesmente se acomodam, aprendendo a colher os frutos largados pela estrela que acompanha. Tornam-se vampiros, sugando o que a estrela oferece de melhor e esperando que um dia, um belo dia… essa estrela caia, e ele seja “finalmente” reconhecido. Outras passam a vida remoendo os inúmeros sucessos que a estrela “roubou” – a relação chega a tal ponto que beira a um ódio amistoso, o que, até pouco tempo, achava que fora muito bem ilustrado em Amadeus.