Na realidade, desde que fiquei sabendo do caso, lembrei de um filme que comentei por essas bandas há uns tempos atrás, o Hard Candy (me nego a dizer “Menina má.com”). A certa altura do filme, a menina (de 14 anos) diz para o homem (de 32) que a convidara para ir para a casa dele qualquer coisa como “Não é porque uma menina consegue imitar uma mulher que ela tem maturidade para agir como uma mulher“. Ou algo do gênero, quem souber a citação correta por favor me corrija.
Eu sei que a personagem tem valores morais completamente distorcidos (quem assistir ao filme perceberá isso também), mas esse é um ponto chave em casos como esse. O que tem de menina se metendo em roubada porque acha que é “madura” o suficiente (coisa que marmanjos adoram dizer para pegar adolescente, diga-se de passagem), chega a ser até assustador.
Ainda mais nessa época de acesso à informação tão facilitado. Conheci uns punhados de adolescentes que soavam maduras para os outros porque citavam filmes e livros “de adultos”. Já bati nessa tecla antes por aqui: conhecimento não é, nem nunca será, maturidade.
As palavras escritas com chocolate nas paredes daquele motel em Porto Alegre que o digam.
O pior é que isso está ficando cada vez mais cotidiano. Se antigamente a mulecada gostava de pensar que “queria ser sempre criança”, hoje em dia eles querem crescer cada vez mais rápido. Seja pela atitute ou pela roupa, todos chegam nos 15 achando que já são donos do próprio nariz e tudo mais.
Três vivas para a degradação mental urbana e ao progresso da Humanidade!
Eu já acho que cada um tem seu tempo…
Talvez eu seja meio suspeita pra falar, já que tenho 17, moro sozinha em BH já trabalhei, viajo sempre com a orquestra, blá blá blá.
É, sou uma criança no final das contas. Mas quem não é ingênuo em ao menos um momento de seu dia, semana, mês, ano…
Sei lá.
Eu entendo o que você quer dizer, Pati. Mas mesmo a ingenuidade não tem nada a ver com (falta de) maturidade, no sentido que estou apontado. Até porque, na grande maioria das vezes, as meninas que citei sequer viveram as experiências que você viveu – moram com os pais, são sustentadas (quando não mimadas) pelos pais e por aí vai. Ainda há uma espécie de redoma de vidro, entende?
Oi, tem tempo que quero te perguntar e sempre esqueço: o que houve com seu bró? 😮
Não sei até onde vai a questão “idade”, sabe? Porque, do lado da guria de 13 anos com a cabeça estourada tinha um cara de 31 nas mesmas condições….
Hahaha, pois é. Eu tenho um gravíssimo problema com layouts, como você deve perceber. Eu tinha criado aquela maravilha de algum tempo atrás e um belo dia o Blogger me fez o favor de desaparecer com tudo. Ainda estou tentando recuperar a paciência e o tempo necessários para reconstruir o negócio e escrever lá.
Fazia um tempo que eu escrevia lá no http://www.18pounds.blog.co.uk , mas aquele é meu lado fútil demais para apresentar por aqui – sem contar que com os anos meu inglês ficou um lixo, good Lord.
Veja bem, ele era louco. Então, a “idade”, no caso dele, não conta mesmo. Mas loucura não tem nada a ver com maturidade.
É, né? só que daí vc não atualiza mais e blablabla =P