Aí veio a Copa de 90, e eu lembro vagamente da musiquinha da Globo “Papa essa Brasil, pode vir quente que se for sopa a gente toma” – e da minha professora da terceira série, a Tia Cláudia, loca da vida dizendo que “perdemos a Copa porque os jogadores estavam mais preocupados com seus salários do que com o jogo”. Sério, ela disse isso para uma turma de pimpolhos de 9 anos.
Mas bem, eu não compartilhava a dor da Tia Cláudia porque eu a) não sabia nada de futebol e b) não sabia o que era uma Copa do Mundo. Só fui entender em 1994 – embora na minha visão distorcida de pirralha de 13 anos Copa do Mundo fosse “o grande evento mundial que reunia os coxudos mais lindos do mundo“. Mas naquele ano eu descobri que Copa era alegria, que nós éramos os melhores, que o Romário era foda.
Um ano depois larguei mão da bobagem dos coxudos e comecei a gostar de futebol. E meu “prêmio” foi aquela copa de 98, com aquele gosto amargo da final. Mas sabe, como zilhões de pessoas a história “da copa vendida” me consolou e acalmou – então eu tinha em mente que ainda éramos os melhores, só não jogamos bem a final. Então, não. A Copa de 98 não foi doída para mim.
Aí veio a de 2002, com aquele jogo lindo (que para mim foi a verdadeira final) que foi Inglaterra x Brasil, e aquele passeio na final com a Alemanha. Não foi perfeito, mas foi lindo. E foi bom voltar às ruas e comemorar que as coisas voltavam aos eixos e éramos os melhores, os campeões novamente.
Mas…
O que foi o Brasil nessa copa de 2006? Não consigo pensar que o único problema do time era o esquema tático do Parreira, porque ele já jogava por 1×0 na copa de 94 e mesmo assim aquela copa teve momentos memoráveis – como o gol cala-boca do Branco, ou o Romário baixinho virando gigante e fazendo gol de cabeça na Suécia.
Faltou brilho dentro e fora de campo. Faltou aquela vontade de vencer, sim, aquela vontade de já do início provar que somos os melhores, e que não há discussão. Brasil x Croácia? Patético. Brasil x Austrália? Ridículo. Brasil x Japão? Ilusão. Brasil x Gana? Um mal entendido.
Brasil x França?
Venceu o time que tinha raça. O time que realmente queria levar a Copa. Eu penso nesse jogo e não consigo esquecer de uma final de Taça Guanabara entre Vasco e Flamengo. Eu estava lá, de coração na mão, esperando o Vasco reagir ao gol que tinha levado do Flamengo. Aí minha mãe, que estava acompanhando lá uns 15 minutos de jogo disse “Ana Paula, desista. Isso não é time que quer vencer”.
Esse ano, não tínhamos um time que queria vencer.
Ok. Fechado, me manda teu endereço de correspondência pelo e-mail que eu te mando o livro, daí você lê sussa e me devolve.
Dá uma olhada lá: http://www.openhead.com.br/noticia_view.php?id=215&tp=10 e me diz o que achou…
medo pq? Em 1998 ele comeu a namorada do Ronaldo e nós perdemos para a França, agora ele comenta a copa e nós perdemos para quem? Para a França… ele é maldito.
Huhauahuahuahauha
Tinha que ter levado o Romário, isso sim.
Mas pelo amor de Deus, o Zizou é MUITO phoda!!!
:***
Deja vu! Tenho essa sensação. Porque me faz lembrar o patético time de 98 na final com a França. Mas pensando em esporte OCIDENTAL de alto nível, não dá pra crer que Brasil somente perdeu. Complô contra qualquer evento mundial, Brasil foi comprado. Mire e veja: antes do jogo contra Gana, Parreira anunciou a escalação minutos antes, numa quarta de final, com jogo mais acirrado e com um time tecnincamente supeiror ao de Gana, Parreira tinha anunciado o timo antes da partida, modificando, talvez a pedidos, seu esquema tático colocando Juninho no meio campo. A seleção brasileria com craques, só craques no time, perder daquela maneira, sem jogar, aí tem money… muito dinheiro. Na copa de 98, devido a problemas políticos-economicos e bla bla bla a França tinha necessidade de ganhar, para com isso, fazer o povo entrar em delírio. Agora, dizem as línguas do diabo, que esta copa é da Adidas. Eu, por meu turno, não duvido. E bola na pequena área não é do goleiro?
Lembra o que eu disse no começo da copa?
“O Brasil vai perder nas quartas ou na semi para um time médio surpresa ou algum time grande desacreditado.”
Batata.
A pergunta que não quer calar é:
Como é que se diz “freguês” em francês?