Praga de Copa do Mundo

Antes de mais nada: oi, tudo bem? Espero que ainda lembrem de mim. Eu não sei se recordam que dias atrás eu acabei deixando para depois um monte de coisa que poderia ter feito antes, e o resultado vocês já devem saber: passei uma semana dos infernos, cheia de resenhas, provas, seminários e afins – o que explica as poucas atualizações.

Mas enfim… Copa do Mundo, ahn? Brasil em campanha ‘so-so’, mas me tranquiliza pensar que em 94 também não teve nada de espetacular, todo esse bafafá de Ronaldo gordo, Bussunda morrendo, Fátima Bernardes se derretendo para o maridão (Glóóóória Mariaaaa!), etc. É, não gosto menos de Copa do Mundo e estou tentando acompanhar com a mesma empolgação dos anos anteriores. Só que eu não consigo lembrar de nenhuma copa que eu tivesse ficado tão de saco cheio da pergunta: ONDE É QUE VOCÊ VAI ASSISTIR O JOGO?

Caraca, antes as coisas pareciam mais simples. Em 94 eu era só uma pivete de 13 anos, então assistia sempre com minha família. Em 98 – apesar de uma briga com minha mãe por causa da final – assisti todos os jogos com meus amigos, fosse na casa deles, shopping ou boteco, sem nenhum stress. Em 2002 os jogos eram quase todos cedinho ou de madrugada, então era meio um treco ‘levantadacamaevaiparaatvmaispróxima’ mesmo.

Agora esse ano… Ô inferno. Eu escuto o ONDE É QUE VOCÊ VAI ASSISTIR O JOGO? e dói a cabeça. É cada situação surreal… gente combinando algo contando comigo sem nem falar comigo, obrigações, considerações, etc. etc. etc. No final das contas, nunca é o que eu queria, nunca é o que qualquer um ao redor queria.

Acho que vou acabar me revoltando e fazendo exatamente como o carinha que estava num café próximo ao local onde assistimos ao jogo ontem. Sujeito ficou lá, do começo ao fim, na dele. Provavelmente sem neura de ter que ficar pensando em quem está agradando e quem está desagradando, e simplesmente fazendo o que gostaria de fazer durante a Copa: vendo o jogo da seleção (sim, eu fotografei o carinha).