Sabe, não é que ele seja ruim, porque ruim ele não é. Já li o Crônicas de Repórter e pelo menos quando eu tinha uns 15, 16 anos (idade que tinha quando li), gostei bastante do estilão dele. Mas gente, prefiro final com Argentina do que ouvir essas crônicas.
Mês: junho 2006
O que veio antes, a música ou a dor?
Eu ouvia a música porque estava infeliz? Ou estava infeliz porque ouvia a música? Esses discos todos transformam você numa pessoa melancólica?
As pessoas se preocupam com o fato das crianças brincarem com armas e dos adolescentes assistirem vídeos violentos; temos medo de que assimilem um certo tipo de culto à violência. Ninguém se preocupa com o fato das crianças ouvirem milhares – literalmente milhares – de canções sobre amores perdidos e rejeições e dor e infelicidade e perda.
(do livro Alta Fidelidade, de Nick Hornby, que além de ser uma ótima sugestão de leitura – até mesmo para os que não são muito fãs de livros – ainda corre o sério risco de ser objeto de estudo no meu Mestrado, hehe)
Palavras, palavras, palavras…
Deixando o blablabla de lado, hoje cedo estava dando uma olhada básica no “A Megera Domada” do Shakespeare, com tradução do Millôr Fernandes. A obra já começa com um breve texto sobre ser tradutor que achei bem bacana, mas o mais legal ainda é ver, através das notas do tradutor, a preocupação do Millôr com o texto, como por exemplo em um momento que ele diz:
Quem tem medo de Virginia Woolf?
A primeira, e a que mais chamou minha atenção, foi Flush: Uma Biografia. É considerado um dos trabalhos mais ‘leves’ de Virginia, e ela de fato escreveu para ‘passar o tempo’ depois de criar obras mais complexas. Mas saca só a idéia: é a biografia de Elizabeth Barret Browning sob o olhar de Flush, seu cocker spaniel de estimação.
Sonho de Uma Noite de Verão
Nesse ‘fomos’ está incluído também o Fábio – meio obrigado por conta de más experiências no teatro. Alguém na turma de Shakespeare tinha comentado qualquer coisa sobre o figurino ser metade renascentista e metade contemporâneo e aí já ficamos com uma pulga atrás da orelha (que fez o Fábio decretar “Se colocarem um Puck repentista eu levanto e vou embora”). Mas, tcharam! Tivemos uma ótima surpresa.
Praga de Copa do Mundo
Mas enfim… Copa do Mundo, ahn? Brasil em campanha ‘so-so’, mas me tranquiliza pensar que em 94 também não teve nada de espetacular, todo esse bafafá de Ronaldo gordo, Bussunda morrendo, Fátima Bernardes se derretendo para o maridão (Glóóóória Mariaaaa!), etc. É, não gosto menos de Copa do Mundo e estou tentando acompanhar com a mesma empolgação dos anos anteriores. Só que eu não consigo lembrar de nenhuma copa que eu tivesse ficado tão de saco cheio da pergunta: ONDE É QUE VOCÊ VAI ASSISTIR O JOGO?
Yesterday
Só porque essa música carrega um monte de significados e ontem (sacou, sacou?) o Paul fez 64 anos (e todo mundo já fez todos os trocadilhos possíveis com When I’m Sixty Four, então vá lá):
Desisto
O estopim foi a velha discussão sobre aquele texto do “Um dia você aprende…” que rapaz chegou postando na comunidade Shakespeare como se fosse do poeta inglês. Algum anônimo postou dizendo que ‘não era Shakespeare’ e esse post foi seguido de um:
AAAAAAARGH!
Mas aí vem um treco chamado Viagem Maldita e esculhamba a segurança de nossa escolha. Filme maldito, eu deveria dizer. Com todo aquele alarde de regravação de filme do Wes Craven, ‘versão sem cortes’ e pqp, lixo do começo ao fim. A verdade é que ultimamente o único porto cinéfilo seguro são os clássicos mesmo.
Kent
“Se eu também conseguir modificar s sons da minha voz, alterando o meu modo de falar, a minha boa intenção me fará realizar plenamente o objetivo que me levou a transformar meu aspecto.”
– Kent.
Sabe qual Kent disse isso? Nããão, não foi o Clark Kent, mas o Duque Kent da peça Rei Lear de Shakespeare. Desde que reli Lear (hehehe) esse ano, fiquei com essa fala na cabeça. Não que eu ache que o Clark seja Kent por causa do duque, mas adoro essas coincidências.