Aviso de antemão que os novos sonhadores não precisam correr aos sebos e gibitecas para ler Sandman: a Conrad está relançando os arcos em formato em uma edição de luxo supimpona (que por enquanto está no arco ‘Estações das Brumas’). Certo, então vamos agora para a tal da lista:
Mês: março 2006
I’m a genuine nerd…*
Hoje ganhei da Luci o livro “O chão que ela pisa” do Salman Rushdie. Comecei a ler no ônibus enquanto voltava da faculdade, mesmo porque morro de curiosidade para saber por que a Jô gosta tanto desse autor. Aí leio umas páginas e dou de cara com isso:
“…estava tão diluído de narcóticos a ponto de ninguém entender as últimas palavras, proferidas durante o delírio comatoso final. Alguns dias depois, porém, a informação chegou à Internet, onde um tarado por ficção fantástica de apelido “[email protected]”, transmitindo do bairro Castro de San Francisco, explicou que Raúl Páramo estava falando orcish, a língua infernal inventada pelo escritor Tolkien para criados do Senhor do Escuro Sauron: Ash nazg durbatulûk, ash nazg gimbatul, ash nazg thrakatulûk agh burzum-ishi krimpatul. Depois disso, os boatos sobre práticas satânicas, talvez saurônicas, espalharam-se incontrolavemente pela Rede.”
Aí eu fiquei toda contentinha, porque sou nerd e feliz e achei engraçado aquele ‘elrond at rivendel’. Enfim, quando arrumar um tempo para ler o livro todo, volto aqui para dar opinião. :dente:
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*Fala de personagem do filme Anti herói Americano, que é muito bacana, diga-se de passagem.
House
Enfim, passei o final de semana em Porto União e nessas oportunidades posso conferir o que há de interessante em um canal ou outro da tv paga. Dessa vez foi o seriado House, que seria mais um daqueles seriados “doutor salva o dia” não fosse a personagem que dá título à série.
Poeirinha básica
Como os mais assíduos devem saber, há uns dois anos que eu faço uma Filmes que tenho vergonha de não ter assistido ainda. A maioria dos títulos são clássicos do cinema, dos quais muito se fala. Se fosse só pelo que falam, eu até nem chegaria no ponto da ‘vergonha’. Mas invariavelmente, quando corto assisto um filme dessa lista, penso CARACA, POR QUE DIABOS NÃO VI ISSO ANTES E GASTEI MEU DINHEIRO COM TOMB RAIDER, VELOZES E FURIOSOS E VAN HELSING?!!
Não que Cinema só valha a pena quando é inteligente, bem feito e bem, arte de fato. Eu gosto do entretenimento também. Mas que dá um peso na consciência ter passado tantos anos sem ver alguns filmes, dá. Por isso elaborei um top 5 especial esse mês, é o top5…
Se correr o bicho pega…
“O eterno retorno é uma idéia misteriosa, e Nietzsche, com essa idéia, colocou muitos filósofos em dificuldade: pensar que um dia tudo vai se repetir tal como foi vivido e que essa repetição ainda vai se repetir indefinidademente! O que significa esse mito insensato?
O mito do eterno retorno nos diz, por negação, que a vida que vai desaparecer de uma vez por todoas, e que não mais voltará, é semelhante a uma sombra, que ela é sem peso, que está morta desde hoje, e que, por mais atroz, mais bela, mais esplêndida que seja, essa beleza, esse horror, esse esplendor não tem o menor sentido. Essa vida não deve ser considerada mais importante do que uma guerra entre dois reinos africanos do século XIV, qu enão alterou em nada a face do mundo, embora trezendo mil negros tenham encontrado nela a morte através de indescritíveis suplícios.
Será que essa guerra entre dois reinos africanos do século XIV se modifica pelo fato de se repetir um número incalculável de vezes no eterno retorno?
Sim, certamente: ela se tornará um bloco que se forma e perdura, e sua tolice será sua remissão.”
Essa gente cheia de opinião
O lado bom da internet é que ela é livre. O lado ruim da internet é que ela é livre. Explico: se antes alguém tinha poucas opções para ser ouvida (caixote em rua movimentada? cartas para a Veja? etc.), agora pode falar em qualquer lugar (embora a possibilidade de ser ouvida continua a mesma): Fóruns de discussão, espaço de comentários de sites, orkuts da vida, etc.
The Siiiiimpsoooons… (tchururururur…)
Vi no Slashdot, que tirou de The Sun Online:
Como seriam os Simpsons na vida real. Arquivos nos tamanhos tiquinho, médio e bigbig. Não deixem de prestar atenção aos detalhes, como o Homer pagando um cofrinho, he he
he.
Como os links do Sun não estão funfando, vamos lá com o link que a Marilia passou: the siiiiimpsooons…
Sobre o Oscar
(post rápido)
Antes de mais nada, PUTAQUOPARIU, REDE GLOBO! Compram o direito de transmissão do Oscar, fazem o maior alarde e aí não podem adiantar um pouco o Fantástico e diminuir um tanto a m* do Big Brother para passar a cerimônia desde o princípio? Aquilo ali foi ridículo, pior do que esse papelão só mesmo a droga da tradução simultânea (a tradutora não conseguia terminar nenhuma frase, não dava para entender o que o cara dizia, etc.) e a total ausência de uma opção de sap ou afins.
Sobre o Oscar mesmo, pouca surpresa, a não ser o caso do “Crash” (que como vocês devem ter observado no post anterior, era minha segunda opção – apesar de eu ainda achar que quem realmente merecia levar era o “Boa Noite e Boa Sorte“). Os prêmios para “Memórias de uma Gueixa” só comprovaram minha teoria de que o filme é bonitinho mas ordinário. etc, etc, etc. Mas vamos lá, no final das contas é como dizia aquele site especializado: não é quem você quer que ganhe, mas quem vai ganhar. :dente:
Pitacos
Só para deixar registrado, o que eu acho que vai rolar no Oscar essa noite:
Filme
1 O Segredo de Brokeback Mountain
2 Crash – No Limite
Diretor
1 Ang Lee – O Segredo de Brokeback Mountain
2 George Clooney – Boa Noite, e Boa Sorte.
Ator
1 Philip Seymour Hoffman – Capote
2 Joaquin Phoenix – Johnny e June
Atriz
1 Reese Witherspoon – Johnny e June
2 Felicity Huffman – Transamerica
Ator Coadjuvante
1 Paul Giamatti – A Luta Pela Esperança
2 George Clooney – Syriana
Atriz Coadjuvante
1 Rachel Weisz – O Jardineiro Fiel
2 Catherine Keener – Capote
Faltam 2 semanas para o Festival de Teatro de Curitiba
O legal do Fringe é que é bem variado, e foge um pouco daquele esquema “peça que chama a atenção do povo porque tem ator da Globo” (o que eu acho meio patético sobre o público curitibano, devo dizer: só vai em peça se tiver ‘o cara daquela novela lá’). Mas ao mesmo tempo que o Fringe traz várias peças, tem um porém…
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