Agora pense, se existisse uma licença para falar. Na verbo-escola a pessoa aprenderia regras básicas como:
a) Se vai se arrepender depois do que vai dizer agora, não diga
b) Se está falando só para atingir alguém de quem gosta, não fale.
c) Se falou e se arrependeu, assuma. Não tente nem cobrir o que foi dito com falsas desculpas, muito menos com uma fingida ignorância das conseqüências do que você falou.
d) Tente não falar de cabeça quente.
e) Não fale de uma pessoa para terceiros. Essa pessoa vai ficar sabendo.
Além disso, é claro, a pessoa teria curso de conversação defensiva, o que se resumiria basicamente em como resolver conflitos e/ou desentedimentos com diálogo e não “achismos”. De preferência, que a coisa fosse resolvida no tempo certo, e não quando meia dúzia de pessoas já foram atropeladas com palavras, pré-julgamentos e afins.
Sabe aquele provérbio besta das três coisas que não voltam? “A flecha quando lançada, a palavra quando proferida e a oportunidade quando perdida” Poisé. Não que eu não acredite no perdão para quem fez mal uso das palavras ou não entende lhufas de conversação defensiva (hehe). Mas às vezes, de acordo como as coisas ocorrem, nem vale a pena insistir na tal da reabilitação. Melhor brincar de tapar os olhos (ou os ouvidos?).
Falar é uma arte: fuder verbalmente também. Se um quinto das pessoas de São Paulo passassem a conhecer a educação verbal, toda a minha diversão iria por água a baixo. Pode ser desagradável pra quem gosta de alimentar a utopia de um ser humano humanisado, mas é um balde cheio pra nós aqui, como porcos urbanos pós-modernos.
Hum, você apontou um lado que não tinha pensado. Quando é com os outros, até que é divertido mesmo :dente:
Aliás, não passou mais no blog né? Depois que enriqueceu…
Fala de cabeça quente é realmente um problema. Sempre sai bobagens. Por isso quando a situação aperta, vc vê que vai vomitar verborragicamente umas asneiras em cima de alguém que, provavelmente, merece, ligue o foda-se e seja cínico. Quem mantém a língua dentro da boca nunca lambe o chão.
Vc está de parabéns, andei fuçando na sua página e você tem um ótimo gosto para filmes e histórias em quadrinhos. Eu particularmente sou fã do Alan Moore e do Will Eisner.
Aliás, carteira de habilitação não quer dizer nada. Eu, p.e., tenho carteira e não sei dirigir… e existem pessoas que tem carteira, sabem dirigir e aprontam barbarismos. O mesmo valeria para uma hipotética carteira de habilitação para diálogos.
Isso se não começassem a vendê-las. O Jornal Nacional entrava no meio e dava uma puta dor de cabeça…
😆
agora eu fiquei imaginando aquelas reportagem investigativas, o cara com voz de pato falando de como conseguia falsificar e tudo o mais
e Ronzi, valeu 😳
Dá pra incluir aí: Não tomar partido nenhum em briga de casal (pq eles voltam e quem se ferra é vc)!
Ainda mais quando no casal ambos são seus amigos, uma m* perder amigo por causa disso =/
Ou a idéia de nunca falar o que vc acha de determinada situação- afinal conselhos era melhor nunca dá-los, afinal a pessoa nunca te escuta mesmo e age de acordo com sua cabeça.
Ah, eu gosto de receber conselhos. Dar conselhos eu acho um saco, pq passo por tiazona chata e tal. Disso eu já desencanei =]