Quero ser Nigella!
Ela tem um sotaque britânico sexy, trabalha com o que gosta, cozinha bem e é estilosa.
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Por falar em projetos para o futuro, ontem a professora Luci deu uma daquelas aulas que fazem com que eu tenha cada vez mais vontade de dar aulas de Literatura. Apaixonante mesmo, ela comparou a edição da seqüência da “Escadaria de Odessa” em O Encouraçado Potemkim com a montagem da Canção de Amor de J. Alfred Prufrock do Eliot (da qual falei por aqui na sexta passada).
É aquela coisa de encantar ao explicar, e não simplesmente vomitar em cima dos alunos o conteúdo dos livros didáticos. Isso faz toda a diferença, especialmente no caso dos adolescentes. Uma aula mal dada pode criar um trauma para o resto da vida sobre nomes como “Machado de Assis”, por exemplo.
No final das contas, aulas como essa da Luci (na verdade todas dela, pago um pau hehe) fazem com que lembre de algo que li uma vez:
“A tarefa do professor: mostrar a frutinha vermelha. Comê-la diante dos olhos dos alunos. Erotizar os olhos. Provocar a fome. Fazê-los babar de desejo. Acordar a inteligência adormecida. Aí a cabeça fica grávida: prenhe de idéias. E quando a cabeça engravida não há nada que segure o corpo.” (Rubem Alves)
Um dia eu chego lá.