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Pra você ver como o tempo é mesmo implacável. José Dirceu, o moço que está na boca do povo por causa de acusações de corrupção, já foi um dia um rapaz que lutava por seus ideais. E também um sujeito muito, muito bonito.

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Assim, tava tudo certo para eu mudar na semana que vem, ok? Pois bem, a vendedora do apartamento teve alguns problemas (aka: nome sujo na praça) e acabou que quem se ferrou fomos nós, que não vamos poder comprar o apartamento e agora temos menos de uma semana para achar um, comprar e mudar.

Virarei uma sem-teto. O lado bom é que quando eu for sem-teto, eu já estarei de férias. o/

Ah, bem. E por hoje é só. Volto na segunda (já que ainda terei um teto).

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Ontem enquanto voltava da aula estava lendo mais um dos contos de horror do livro do Fá, chamado “O Amigo dos Espelhos”, do Georges Rodenbach. O conto nem é de horroooor, horror mesmo, mas tem um detalhe muito interessante que chamou minha atenção.

Ok, resumindo para chegar logo onde eu quero: o rapaz é uma espécie de Narciso moderno, obcecado por espelhos e por sua imagem refletida nele. Tem uma verdadeira coleção em casa, de todos os tipos e tamanhos, alegando que aqueles espelhos caros o refletiam do jeito certo. Eis que ao ver sua imagem refletida naquele jogo de espelhos, diz para um amigo que foi visitá-lo:

“Veja! Não estou mais só. Eu vivia muito só. Os amigos são tão estranhos, tão diferente de nós! Agora vivo com uma multidão.. em que todos se parecem comigo”.

O que chamou minha atenção nisso é a questão do nosso comportamento e de como lidamos com as pessoas que nos cercam hoje em dia. Tenho um número razoável de amigos que atualmente tem reclamado da mesma coisa, que são estranhos dentro de certo ambiente, que sonham encontrar alguém que conheça e/ou goste das mesmas coisas que eles, que entenda suas referências e coisas assim.

O que me intriga nisso é que lutamos tanto para ser diferentes, indivíduos de fato, para no final das contas querermos ser iguais. Não sei até que ponto não há uma dose de narcisismo aí, mas isso eu deixo para os entendidos no assunto discutirem.

No mais, se tiverem oportunidade leiam o conto. Como eu disse, não dá medo. Mas dá coisa para se pensar.

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Pensamentos ontem à noite no CAL:

1. É estranho pensar que curso Leeeeetras e dentro do Centro Acadêmico ontem tinha mais homem do que mulher.

2. Não existe nada mais idiota do que estar beijando alguém, abrir os olhos pra espiar, notar que essa pessoa está fazendo o mesmo e aí comentar EEI, VOCÊ ABRIU OS OLHOS!!

3. NUNCA será possível terminar a partida de truco antes da aula

E tenho dito.

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Mais sobre o Bloomsday, que é hoje. E se vocês pensam que eu tenho um tipo de fetiche estranho envolvendo Literatura, por causa dos Bloomsdays e Towel Days, saibam desde já que a coisa abrange qualquer forma de arte. O que sigifica que eu posso ser muito, mas muito mais estranha do que vocês imaginam.

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Momento tiete: Guilherme Weber tá no orkut. Será que se eu adicioná-lo ele topa ser meu amiguinho especial?

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Complicado. Tem horas que eu realmente não sei se quero renunciar a algo porque não vejo futuro naquilo, ou se é por uma certa insegurança de que quando chegar num ponto que eu não posso mais voltar, não vejam futuro em mim.

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Namorado(a) Virtual. Se você está carente, clica æ

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Da série “Frases que a Anica diz uma vez por mês aqui”: Eu sou uma pessoa apegada ao passado. Por conta disso, quando não tenho nada melhor para fazer da vida (tipo hoje), eu costumo dar uma sondada nas fotos de baladas para ver se não encontro pessoas que em algum momento da minha vida foram queridas e/ou importantes.

Eu sei, é uma puta perda de tempo, mas perda de tempo por perda de tempo eu já tenho alguns meses somados aqui na frente do computador. Deixemos isso de lado. Na realidade o que eu queria comentar é que dando uma geral nas fotos das últimas baladas (acho esse termo meio escroto, não sei porquê), dei de cara com fotos do show do DeFalla.

Aí pensei duas coisas:

1. Caraca, que legal! DeFalla voltou!
2. Caraca, que merda! Como estou por fora desse negócio de música!

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Genteee!! Estou suuuuuper orgulhosa de mim (?!!)! Eu aprendi a fritar bistecas do jeitinho que eu gosto de comer!! Dá uma certa sensação de liberdade, sabe? Fico aqui pensando, eu lá na casa dos 50 vindo aqui em casa pedir pra minha mãe fazer bistecas “do jeitinho que eu gosto”.

Freedom!! o/

(A parte na qual eu diria que derrubei um monte de óleo no chão da cozinha e no fogão, que em certo momento flambei uma bisteca sem a intenção de fazê-lo e que odeio almoçar sozinha, nós fazemos de conta que não existe, ok?)

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Bloomsday

Sim, mais um Bloomsday e eu ainda não li Ulisses. Uma vergonha, eu sei. Mas com o Giu como companheiro de leitura (não esqueci, viu?) eu hei de terminar nessas férias. Se o que estou falando para vocês parece grego (ou irlandês, he he), leiam isso aqui.

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Estou completamente apaixonada pela Mafalda. É engraçado, quando era criança eu mal batia os olhos nas tirinhas do Quino (e quando batia, não entendia muito o que ele queria dizer ali, óbvio). Acabou que o preconceito da infância atravessou a adolescência e só agora fui me encontrar com as tirinhas da Mafalda outra vez.

Ela é uma personagem deliciosa, mesmo que às vezes sendo tão direta e seca com algumas personagens. Sinceramente, não sei porque demorei tanto para começar a gostar de Mafalda. O modo como ela trata os pais é simplesmente hilariante, como dá para ver aqui:

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Vocês viram que ontem leves tremores foram sentidos em São Paulo, Paraná, Goiás e Distrito Federal, como conseqüência de um terremoto que aconteceu no Chile?

Eu nem senti. Devo ser realmente a criatura mais desligada do planeta. Mas sabe-se lá, às vezes ao conviver com nossos terremotos pessoais acabamos nos acostumando com os abalos e aí nem tchuns quando a terra dá seu remelexinho básico.

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Sabe, chega uma época na sua vida que você acha que cresceu, que não vai mais fazer as bobagens da infância, que nããããão, agora é a vida adulta e novas bobagens serão cometidas.

Eis que você pega um conto de terror para ler antes de dormir, e como acontecia quando ainda era uma criança feliz, fica com medo de levantar para apagar a luz do quarto na hora de dormir.

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Eu espero que os responsáveis por minha NET estar fora do ar na noite em que eu ia assistir Kill Bill vol.1 de novo tenham uma morte lenta e dolorosa.

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Pulp Fiction é um filme cool. Não porque quando quis assistir pela primeira vez não pude, já que ainda era menor de 18 anos. E não porque o sangue jorra pela tela, como de qualquer filme do Tarantino. Aliás, não é só porque é Tarantino.

O que faz de Pulp Fiction um filme cool é o fato de ser um caldo cheio de referências, sons, situações, discussões e personagens que, bem, são cool. É aquele filme cheio de frases para você citar em outro momento na frente dos amigos (que obviamente reconhecerão a frase e acharão que você é um sujeito… cool.).

Vicent Vega com seu terninho à la Reservoir Dogs, Mia Wallace ouvindo Girl You’ll Be a Woman Soon, Jules citando Ezequiel 25:17, o Lobo em ação, o twist de Mia e Vicent…

…cool. Se tivesse Michael Madsen dançando Stuck in the Middle With You, seria com toda certeza o melhor filme do Tarantino.

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Achei esses gatos no sofá a coisa mais tudibom que vi nos últimos tempos. Até coloquei ali ao lado no perfil, he he.

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Quando eu já tinha jurado que nunca mais me matricularia em disciplinas no sábado, vem a Liana e oferta Shakespeare das 9:30 até 12:30hrs. Fazer o quê? Pode ser minha última chance de cursar essa disciplina com ela, vou ter que fazer. O lado bom é que não precisarei mais acordar às 6 da madrugada. O lado ruim é que eu vou ficar ainda mais arrogante e pentelha em discussões sobre Shakespeare.

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Só para deixar registrado: estou assistindo Star Trek e estou gostando. Isso pode significar um monte de coisas. Por exemplo, que sou mais nerd do que eu pensava ser. Ou que um universo fantasioso preenche muito bem minha necessidade de fugir da realidade em alguns momentos. Ou não significa nada, só que o seriado é legal mesmo, oras.

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Atacando de Angela Rô Rô…

Amor, meu grande amor,
não chegue na hora marcada
Assim como as canções,
como as paixões e as palavras
Me veja nos seus olhos,
na sua cara lavada
Me venha sem saber
se sou fogo ou se sou água
Amor, meu grande amor,
me chegue assim bem de repente
Sem nome ou sobrenome,
sem sentir o que não sente
Que tudo o que ofereço
é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
desde o fim até o começo

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Se você acha essa coisa de 12/06 um saco…

I don’t like you
I don’t love you
i enjoy nothing
Other things

Tem mais aqui.

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Pérolas de Sabedoria Anicolêstica…

As pessoas deveriam saber que café que é café não pode ser adoçado exageradamente, que leite no café tira muito a graça da coisa e que café coado na garrafa é bem melhor do que o de cafeteira. Deveriam saber também que não existe melhor acompanhamento para um pretinho básico (lembrei da Nana agora) do que um pedacinho de chocolate mentolado ou chocolate branco. Além disso, deveriam saber que não existe situação social mais gostosa do que tomar um café com os amigos, jogando conversa fora. Tcharam.

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quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência

vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência

vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito

vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito

então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência

(P. Leminski)

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Se vocês entendem a língua de Oscar Wilde, sugiro que visitem:

Bartleby (de Herman Melville)
Pulp Fiction (em 30 segundos)
Monty Python’s Completely Useless Website (atenção para os arquivos de áudio!)

Se vocês não entendem a língua de Oscar Wilde, eu cobro 6 reais a hora aula mais o vt.

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É, agora é oficial: vou me mudar no dia 24/06. O apartamento eu ainda não vi, mas confio no bom gosto (aka: frescura) da minha irmã. Vamos pegar as chaves na terça-feira, minha mãe já entrou em contato para que uma empresa vá lá para trocar o piso e ela quer colocar gesso também. E aí entra a parte mais divertosa: VOU ESCOLHER MEU NOVO JOGUINHO DE QUARTO!!!

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(Angeli)

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Coisas da minha vida que eu queria de volta:

  • Dar aula para 15 turmas por semana;
  • Meu monitor funcionando;
  • Torrar dinheiro em HQ sem peso na consciência;
  • A tranqüilidade dos tempos de 1º grau ¬¬’;
  • Cachorro quente da barraquinha da Marechal Floriano com a Deodoro;
  • Almoço de família na casa da vó Arlete;
  • Licor ‘Parfait Amour’.