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“Querido Ben,
Sonhei uma vez que te perdi. Nós estávamos em icebergs. E não consigo me lembrar se estava flutuando pra longe de você ou se você estava flutuando pra longe de mim. Mas me lembro de ter acordado ao seu lado. Era o meio da noite e estava chovendo, como esta noite. E eu te escutei respirando, me acalmando. Era como se pudéssemos falar sem palavras. Fico pensando como e quando nós aprendemos essa linguagem secreta. Eu só sei que em algum ponto entre os silêncios, eu te escutei. E agora estou largada com palavras, essas palavras imprestáveis, quando tudo que quero é estar ao seu lado novamente. Pra fazer você se sentir seguro, ajudar você a dormir. Trazer você de volta pra mim.”

Era por causa de coisas açucaradas assim que eu assistia Felicity. Para vocês verem que, embora eu seja tosca bagarai, eu tenho um lado meiguinho.

***

São 16:30hrs e daqui a pouco tenho que sair para ir fazer minha prova. Agora me pergunta se estudei, pergunta!

Clarooooo que não né? Até empacotar as coisas parece mais divertido do que cair em piras de foco narrativo, enredo e afins. Um dia, quando acabar essa minha adolescência…

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Só avisando, coloquei uns links novos ali no Limiar (à esquerda!). Nada que eu já não tenha linkado antes, mas por se tratar de coisas interessantes que gostaria de compartilhar com vocês, resolvi deixar ali. Não deixem de dar uma olhada, especialmente no Decanter, caso você goste de vinhos.

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Antes que eu me esqueça (já que é provável que algumas pessoas não saibam), o apê na Silva Jardim deu errado e agora vou para um no Cristo Rei. Mó legal, conheço aquele bairro como a palminha da minha mão, hehe.

Agora vocês me dão licença, mas vou empacotar mais umas… digo, estudar mais um pouco.

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Ok, vamos às notícias do final de semana.
  • Eu, Fá, Tiago e a irmã dele almoçamos no Imin Matsuri, o festival dos Imigrantes japoneses. Comemos um tempura delicioso, um guioza (acho que é isso, eu fico lembrando daquele monstrinho dos Changeman hehe) e, o melhor, tomamos um tal de amazake, quentão japonês. Gee, o negócio é muito bom.
  • Vimos alguns filmes, como de costume. E, como de costume também, eu escolhi os filmes mais toscos e o Fá os filmes mais legais. Eu acho que daqui para frente só vou deixar ele escolher os filmes.
  • Não estudei em nenhum dos dias do final de semana, o que significa que nesse deliciooooooso dia chuvoso eu vou ficar estudando feito uma louca sobre Guimarães Rosa.
  • ***

    Sobre os filmes então. O Fá escolheu Os Aprisionados e Vidocq. Sobre o primeiro, é aquela velha história de nove pessoas que não se conhecem, presas dentro de um lugar e tentando sair vivos de lá (O Cubo, alguém?). Mas o filme é bem conduzido, tem sotaque britânico (hohoho) e bem, é legal. Sobre o Vidocq, confesso que vendo propaganda em locadora eu não me sentia muito tentada, mas bem, o filme junta alguns elementos dos quais eu gosto bastante (detetive, século XIX, etc.). No caso desse, um jornalista tenta seguir os últimos passos do detetive Vidocq para descobrir quem o matou. Cool, nem parece que foi dirigido pelo tal do Pitof (que dirigiu Mulher Gato). Quer dizer, dá para perceber sim, porque tem umas lutinhas meio Matrix demais e uma trilha meio… nada a ver.

    (- Anica, te apresento o Sr. Parágrafo.
    – Olá, Sr. Parágrafo, tudo bem?
    – §!)

    Agora às decepções. A Luana e o Marlo recomendaram fortemente o tal do Jornada da Alma, e eu fiquei tão interessada que perdi (de novo) a chance de assistir Casa de Areia e Névoa para ver esse filme. O que achei? Mediano para fraco. Eu não sei bem se a culpa foi do roteirista ou da tal da Sabina Spielrein que não tinha uma vida muito interessante. Fico com a primeira opção, é claro.

    Mas o pior de todos com certeza doi o Regras da Atração. Eu poderia dizer que você percebe que já é adulto quando filmes de adolescentes transando e usando drogas feito loucos não parece mais tão cool. Na verdade, parece vazio. Ainda mais quando o tal do menino que fez o Dawson quer posar de malvadão e para isso cospe para todo lado, presta homenagens a todo momento e, ah, enfim. É um nojo. Puta filme ruim, lembrei de Kids na hora.

    ( – Prazer em conhecê-lo, Sr. Parágrafo!
    – §!)

    ***

    Preciso deixar registrado que não há algo que me tranqüilize mais do que o som dos pingos de chuva batendo na calha. Mesmo que isso signifique que passarei a tarde inteira ouvindo esse som enquanto estudo sobre Grande Sertão e Noites do Sertão. Aff.