Ok, resumindo para chegar logo onde eu quero: o rapaz é uma espécie de Narciso moderno, obcecado por espelhos e por sua imagem refletida nele. Tem uma verdadeira coleção em casa, de todos os tipos e tamanhos, alegando que aqueles espelhos caros o refletiam do jeito certo. Eis que ao ver sua imagem refletida naquele jogo de espelhos, diz para um amigo que foi visitá-lo:
“Veja! Não estou mais só. Eu vivia muito só. Os amigos são tão estranhos, tão diferente de nós! Agora vivo com uma multidão.. em que todos se parecem comigo”.
O que chamou minha atenção nisso é a questão do nosso comportamento e de como lidamos com as pessoas que nos cercam hoje em dia. Tenho um número razoável de amigos que atualmente tem reclamado da mesma coisa, que são estranhos dentro de certo ambiente, que sonham encontrar alguém que conheça e/ou goste das mesmas coisas que eles, que entenda suas referências e coisas assim.
O que me intriga nisso é que lutamos tanto para ser diferentes, indivíduos de fato, para no final das contas querermos ser iguais. Não sei até que ponto não há uma dose de narcisismo aí, mas isso eu deixo para os entendidos no assunto discutirem.
No mais, se tiverem oportunidade leiam o conto. Como eu disse, não dá medo. Mas dá coisa para se pensar.
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Pensamentos ontem à noite no CAL:
1. É estranho pensar que curso Leeeeetras e dentro do Centro Acadêmico ontem tinha mais homem do que mulher.
2. Não existe nada mais idiota do que estar beijando alguém, abrir os olhos pra espiar, notar que essa pessoa está fazendo o mesmo e aí comentar EEI, VOCÊ ABRIU OS OLHOS!!
3. NUNCA será possível terminar a partida de truco antes da aula
E tenho dito.