Preciso deixar registrado que…
(Isso me fez lembrar de uns versos do Chico Buarque:
***
Vou arrumar meus livros em ordem autobiográfica.
Um pandemônio.
Preciso deixar registrado que…
(Isso me fez lembrar de uns versos do Chico Buarque:
***
Vou arrumar meus livros em ordem autobiográfica.
(leiam as letras miúdas antes de me processar)
Sobre ontem…
Numa tentativa de reconciliação com minha marida, a Jô, aproveitei um momento no qual o Gigio Apalpador não estava por perto e a convidei para assistir “O Pesadelo” (filme do qual falo já, já).
Enquanto matávamos tempo para a hora do filme, encontramos nosso amante, o Fabio Diniz, jogador de pólo nham-nham-nham. O único defeito dele é que ele não é de falar muito, uma pena.
Depois do filme, fomos até às Americanas ver o que tinha de novidade no mundo dos chocolates (nossa brincadeira favorita). Descobrimos o Batom Uva.
(Eu não ajustei o flash e não dá para perceber, mas ele é um roxo, um charme!)
Disso tudo fica a dica: você que tem compulsão por livros e fica sempre meio doido quando entra em livrarias e acaba gastando mais do que tem, carregue com você um Batom Uva. Esse delicioooooso chocolate não só manterá suas mãos ocupadas (e longe dos livros) assim como fará você ficará de tal forma desesperado para tirar o sabor da boca que não vai passar mais do que cinco minutos na livraria. É ba-ta-ta.
***
Sobre “O Pesadelo”…
Resumindo: um cara muitcho lôco tem problema com armários. Isso pode gerar uma série de interpretações de cunho sexual (“sair do armário” sacou, sacou?), mas nem as brincadeiras bobas salvam o filme.
História estúpida recheada de clichês do gênero, como por exemplo, oh oh! A menina sombria que aparece do nada em diversos momentos é um fantasma! Temos também a personagem “todos achavam que ele era louco, mas eu não” bem como o sublime momento “Só você acredita em mim, só você pode me ajudar”.
Falasério.
Economizem a grana do cinema e aluguem “A Espinha do Diabo“. Isso sim é que é filmão.
Conversa com minha mãe na cozinha:
– Filha, quem foi o cara que criou O Espírito?
– O Will Eisner?
– Isso! Então, ontem no Programa do Jô teve uma entrevista com aquele ator que fez o vilão na novela das sete…
(Arregalo os olhos)
– O GUILHERME WEBER FODÃO?!!!!!!!!
– Ah, não sei. Fala de que novela você tá falando pra eu ver se é o mesmo.
– Ele era marido da Giovana Antonelli na novela. Aff, ele fez o Rob em A Vida é Cheia de Som e Fúria! Muito foda!
(Minha mãe faz cara de “é melhor não contrariar”)
– Pois é, lá no Jô eles falaram de uma peça que estão apresentando de graça, baseado nos trabalhos do do Will Eisner, achei que você ia gostar.
Aí meu miojo ficou pronto e eu vim para cá comer e descobrir qual era a peça em questão. No caso é Avenida Dropsie e eu lembrei vagamente do Kim comentando algo sobre ela aqui no meu blog. Enfim, você que mora em São Paulo, não perca a oportunidade. E quem por acaso tem senha de acesso da globo.com me empresta æ que eu quero ver o video da entrevista, bu-á!
Já que hoje a lo-oh-ot of people vai assistir a pré-estréia do Episódio III, segue um blog em homenagem a todas essas pessoas: The Darth Side: Memoirs of a Monster. Supercalifragilisticexpialidoso!
Em troca, peço a todos vocês que vão assistir hoje que:
a) Evitem contar spoilers para mim
b) Depois de assistir me contem se é bom ou se George Lucas conseguiu estragar o que poderia ser um dos melhores episódios.
Combinado?
E agora, para a pergunta que não quer calar: O que tem no seu CTRL+V nesse momento?
No meu: supercalifragilisticexpialidoso
Hohoho.
I’ve locked my heart
I’ll keep my feelings there.
I’ve stocked my heart
with icy, frigid air.
And I mean to fall for no one
Because I’m through with love.
Uma série de confissões…
Esse é um trecho de uma peça do Oscar Wilde, chamada “O Marido Ideal“. A molecada normalmente se apaixonada por “O Retrato de Dorian Gray” e para por aí mesmo, no máximo recorrem àqueles livros de aforismos ou às fofocas da vida do autor. Mal sabem o quanto perdem deixando de ler as peças do Wilde: são nelas que ele revela totalmente sua genialidade.
Enfim, tá aí a única pessoa no mundo que eu gostaria de conhecer bem, além de mim.
SANCHEZ
I am not afraid of you. You are nothing but a dreamer.
COLUMBUS
Look out of that window.
Surprised, SANCHEZ nevertheless turns, looks out.
COLUMBUS
What do you see?
SANCHEZ
Roofs… towers, palaces…spires…
COLUMBUS
All of them created by people like me.
SANCHEZ turns round again to face him.
COLUMBUS
No matter how long you live, Sanchez, there’s something that will never change between us. I did it! You didn’t!
Um dos diálogos mais marcantes que já vi, num filme que assisti meio sem querer numa madrugada da vida, o 1492 com o Gérard Depardieu. Não que seja um filme maravilhoso que todo mundo tem que assistir um dia na vida, mas já faz aí uma penca de anos que vi o filme e ainda lembro dele justamente por causa dessas falas.
Enfim, fica aí a sugestão pro povo que adora fuçar catálogos de locadoras e curte um filmitcho com pé na História.
É normal colocarmos ‘coisas‘ na frente de ‘pessoas‘ numa lista de prioridades? Por exemplo: diz a lenda que Camões em um naufrágio teve que escolher se salvaria alguns manuscritos ou sua amada, e acabou salvando os manuscritos. Eu sempre achei ele um puta de um egoísta por isso. Não, não isso. Na verdade que ela não era de fato ‘amada‘. Ou ele pensou “Hmkay, isso que escrevi não terá igual, mulher tem às pencas por aí”.
Sabe-se lá.
O negócio é que estou meio cansada de ficar me desapontando com as pessoas ao meu redor. Mais cansada ainda de relevar, achar que sou só eu enxergando mal. Enfim, cansada desse amontoado de descontentamentos contentes.
Mas sejamos otimistas porque quem gosta de chororô é repórter da Globo: Os Intocáveis é um dos filmes mais fodões de todos os tempos. E não me decepciona at all.
A pizza Quatro Estações da Baggio é absurdamente boa, e também não me decepciona. Exceto, talvez, por eles colocarem palmitos pequenos de vez em quando.
E rever a Têla também é bom demais. Espero que ela não tenha dado uma de curitibana* quando disse “temos que nos encontrar de novo”, seria decepcionante.
Ah, enfim. “É novembro, está nublado, Laura se foi, e essa é a minha vida. Essa só, essa apenas e nada mais…”
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*Piada básica do Alex: Curitibano diz “Apareça lá em casa!” mas nunca dá o endereço.