(Para ler ouvindo: Bobby McFerrin – Don’t Worry Be Happy)
Fiz quatro novos amiguinhos hoje durante a aula:
Eles se chamam Argônio, Criptônio, Xenônio e Radônio. O chato é que eles são meio antisociais e não se misturam. Mas deu para matar o tempo.
Bleh.
***
Estava dando uma olhada básica na Saraiva e vi a lista dos top 5 de Literatura Estrangeira:
* O Fantasma da Ópera
Leroux, Gaston
* O Pistoleiro – Col. A Torre Negra Vol. I
King, Stephen
* A Escolha dos Três – Col. A Torre Negra Vol. II
King, Stephen
* Frankenstein
Shelley, Mary
* A Hora do Vampiro
King, Stephen
Descontando o crássico da Dona Shelley e a excelente jogada do tio King na coleção A Torre Negra (juro que fiquei morrendo de vontade de ler), o que chama mesmo a atenção ali é O Fantasma da Ópera.
Confesso: nunca li, e vi uma versão cinematográfica muitooo toscona certa vez. Então, por que diabos me intriga ver esse livro em primeiro na lista da Literatura Estrangeira?
É porque tenho observado cada vez mais uma relação com o cinema quando o assunto é consumo de Literatura (discute-se aqui o ‘L’) não só a estrangeira, a brazuca também. A coisa começou timidamente com a febre tolkieniana na época do lançamento da trilogia do Peter Jackson, mas hoje está se cristalizando de tal forma que chega a ser previsível: filme lançado, livro na lista dos mais vendidos.
É o que explica mais pessoas procurando por As Horas do que pelo brilhante Mrs. Dalloway, por exemplo. Ou o aumento da venda de livros relacionados à guerra de Tróia por volta de maio do ano passado.
Não chega a ser ruim, afinal, como sempre digo, eu antes de mais nada defendo o hábito de ler. Só vejo problema no que diz respeito ao medo do brasileiro de simplesmente entrar em uma livraria e arriscar um fulano qualquer. É como se sempre esperassem a professora indicar para uma prova ou provassem antes um pouco do enredo através da película. Desse jeito a ‘máquina’ não se movimenta, tudo fica tendencioso.
Preocupação maior: se esse processo virar uma regra, que Deus nos poupe de uma versão cinematográfica de Os Sete, hehe.