Por falar em felicidade, li a parte dois de 1602. Como eu sou uma criatura muito, mas muito preguiçosa, vou só copiar o que já escrevi lá no Fórum Valinor:
De início: não parece Gaiman. E isso é um baita mérito, porque se ele continuasse nas piras oníricas cedo ou tarde ele seria só “o cara de Sandman” mesmo. É um texto mais cru, com mais cara de “super heróis” mesmo, e não “fábulas em quadrinhos”, digamos assim.
E caramba, o trabalho que ele fez com alguns personagens é simplesmente fantástico. Sir Nicholas Fury?! Apaixonante! Mais do que ele, só mesmo Matthew Murdoch! Diga-se de passagem, o Tomo 1 é divertidíssimo justamente por descobrir que é o personagem antes que o nome seja dito de fato. Por exemplo, a entrada do Demolidor no quarto da estalagem:
“Se demônio é alguém que ousa enquanto outros recuam, então estou feliz em interpretar um nesse Mistério, garoto.”
Deve ser uma delícia ler 1602 em Inglês, porque Gaiman adora jogos de palavras. Só nessa fala ele já usou um “Devil” e um “Dare”, por exemplo. É foda, muito bom mesmo. Entende? Não é simplesmente chegar e dizer “Ok, esse é o Demolidor”. Existe um trabalho real com as palavras, com o texto em si.
Isso sem contar a contextualização histórica, coisa que Gaiman tira de letra. Não é só um punhado de super herói jogados em 1602, eles estão todos ali de forma coerente.
Sinceramente? É o primeiro trabalho do Gaiman desde “Sandman” que eu realmente adorei. Lógico, não terminei de ler ainda e posso me supreender negativamente. Mas só pelo que vi até agora, já foi muito bem sucedido.
Mas como HQ não é só o texto (
E aquelas viagens do Strange estão muito locas
E antes que eu me esqueça, adorei as capas também. Principalmente essa aqui:
Enfim, por enquanto é isso. Quando terminar eu volto com minhas opiniões sobre o todo.