Acordada há duas horas e só agora conseguindo tomar minha primeira xícara de café. Café afeta *mesmo* o meu humor. Tanto que estou aqui, escrevendo.
Se eu estou bem? Não, não estou. Os últimos dias desde que deixei de escrever aqui não melhoraram em nada minha situação. E mesmo assim, eu continuo me fechando e sem coragem de dizer que não estou legal quando algum amigo me pergunta.
No fundo acho que eu mesma acredito que Joy não pode ser triste.
E são tantas confusões, tantas mágoas acumuladas, tanta coisa não dita… que aí surta-se do nada, por coisas tolas. E então as pessoas começam a achar que eu sou uma pessoa tão feliz que só surta de vez em quando (por coisas tolas) para ser um pouco triste como todo mundo é.
Só que eu não sou mais uma adolescente, eu sei que qualquer coisa que eu diga sempre terá conseqüências. Eu não sei quais seriam essas conseqüências, mas o mais provável é que nem todas sejam boas.
Bom seria poder falar sem medo, ou saber que existe alguém para quem eu possa falar. Parece injusto com os amigos mais próximos, mas é minha natureza: esses eu quero proteger, e não que eles me protejam.
No final das contas, cai muito no negócio da tragédia. Não como o dramalhão, tragédia como um conflito sem solução mesmo. O maior de todos os problemas é que não se vive só (hmm, Blake…). Explicando: não se pode ser egoísta e tocar o foda-se sempre, porque de algum lado virá alguma reação que poderá te machucar.
As coisas não dependem só de você, assim como ser feliz não é só um “uau, hoje decidi que serei assim”. De certa forma você precisa de outras pessoas para completar todo o quadro, e não precisa necessariamente serem pessoas de quem você gosta. Pessoas, só.
Só sei que tem horas que em meu quadro aparecem figuras um tanto quanto bizarras. Situações que eu acabo criando e que só consigo perceber que fui causadora depois de um tempo. Eu queria ter sempre chance de experimentar todos os caminhos antes de tomar uma decisão…
… vou buscar mais café.