Bom, quase terminei de assistir todos os episódios do primeiro ano da série “Six Feet Under”, uma das mais gratas surpresas no que diz respeito à Televisão nesses últimos meses. Cortesia do Orc e da Ná, que deixaram a caixa da última vez que vieram para Curitiba, hehe.
Então, o que faz da série algo tão cool? Afinal, a história gira em torno da família Fisher tocando os negócios na agência funerária Fisher and Sons após a morte do patriarca. Simples, não? Mas aí é que está: o charme de “Six Feet Under” está em como a história é conduzida e, principalmente, na força e carisma das personagens.
Vale lembrar que é uma série que fala sobre morte (óbvio), o que gera um sem número de piadas de humor negro. E convenhamos, esse campo é um pouco perigoso uma vez que sair da piada engraçada para a de mau gosto é facílimo. Entretanto, há um cuidado tamanho na composição do roteiro, e um equilíbrio muito bom entre o drama e a comédia.
Dentro desse cuidado com o roteiro, há a criação e desenvolvimento das personagens. É impressionante, mas fica visível a preocupação com o desenvolvimento não só das personagens principais (a família Fisher), mas com todos ao redor. E são personagens fortes, não só pelo óbvio (um dos filhos, por exemplo, é gay), mas porque têm desejos, conflitos e medos de pessoas comuns. No final, acaba ficando difícil não simpatizar com cada um deles e, bem, “querer saber o que vai acontecer no episódio seguinte”.
Realmente, uma jóia no meio de tantos enlatados idiotas que estão saindo por aí. Sinceramente, acho que não me divirto com algo feito para a tv desde Arrested Development. Ah, e antes que eu me esqueça: Página oficial de Six Feet Under. Tomem cuidado, é coisa do demo. Tem tanta informação que fiquei sabendo até quais personagens vão morrer nos outros anos que ainda não assisti, aff.
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