A partir do momento que o menino escapa do porão, começa a história de fato. Quase 30 anos depois, quando os amigos já se tornaram apenas ‘conhecidos’, a filha de um deles é assassinada. A partir disso eles se aproximam novamente, a medida que as pistas do assassinato vão aparecendo.
Como já disse, seria raso se prender na história do assassinato em si. Embora tenha sido muito bem conduzida, isso se torna o mínimo perto das atuações do Sean Penn, Tim Robbins e Marcia Gay Harden. Através delas é possível ter a certeza de que não existem personagens bons ou ruins nessa história: são humanos se deixando levar pelas conseqüências de suas decisões erradas.
Tim Robbins é um caso à parte. O papel dele era difícil, porque embora um tanto instável e marcado pelo trauma de infância, ele deveria aparentar um homem ‘comum’. A serenidade da expressão dele ao falar com Jimmy, ou a confusão ao tentar se explicar para a esposa são simplesmente brilhantes.
Eu realmente tenho que dar o braço a torcer: Clint Eastwood acertou a mão com esse filme. É tão contrastante como só uma história sobre pessoas comuns pode ser.